sábado, 7 de julho de 2012

Último minuto

Era o começo de algo que ela não sabia o que seria. Saiu correndo em direção ao ônibus antes que ele partisse sem ela. Correu para não chegar mais atrasada do que estava. A chuva dificultava ainda mais as coisas, mas ela não desistia. Não desistia pois sabia que talvez estivesse jogando toda sua vida no lixo. Pois afinal, seu futuro estava partindo. Seu futuro estava indo embora de avião para outro país. Não sabe dizer precisamente a que horas era a partida, pois quando ele lhe disse ela não deu muita importância, estava virada em lágrimas e desesperos. As pessoas na rua lhe olhavam de uma forma meio estranha, afinal, ela estava mesmo estranha. Ela chorava na chuva e corria. Suas lágrimas se confundiam com os pingos de chuva e já nem ela sabia se estava realmente chorando ou era apenas a angústia de que as horas lhe pregassem uma peça. Será que o avião já partira? Será que ele ainda hesita em partir? E a pergunta que mais lhe corria à cabeça: por que cargas d'água deixei ele escapar de meus braços? Entrou completamente fora de si no aeroporto e, ao vê-lo não conseguiu se mover, suas pernas cederam e ela caiu em um choro desesperador. Ele, que já estava pronto para partir, parecia esperar alguma coisa e, ao vê-la só faltou um sorriso brotar em seu rosto. Ao vê-la chorando, foi correndo a seu encontro, a envolveu em seus braços: ''Eu só estava esperando você voltar atrás, mas prometo que nunca mais vou ser orgulhoso. Te amo. Obrigado por lutar por mim.".

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