sábado, 7 de janeiro de 2012

Palavras

Naquele momento eu poderia ter dito tudo. Poderia ter dito tantas coisas, tantas palavras bonitas. Poderia ter aliviado meu coração e ter dito tudo que eu sentia, mas não disse. Ao invés de dizer, eu escrevo. Acho que sou meio covarde, sem muita coragem e me escondo atrás das palavras.
A verdade é que elas que me buscam. Essas palavras me buscam a toda hora e me atormentam, certas vezes.
A verdade é que essas palavras não me deixam dormir a noite. E elas vêm, vêm num sussurro ao meu ouvido com uma voz que eu desconheço – pode ser a minha voz, é uma voz que vem de dentro, me parece. São vozes. São sussurros. São palavras. E elas me dizem pra continuar, pra não desistir. Me dizem pra não deixar de acreditar... Eu estremeço com a verdade existente em cada palavra, mas eu tenho medo delas. Medo. Medo de que alguém além de mim as ouça: elas me são.
Naquele momento em que minha voz saiu chamando seu nome, percebi que era tarde demais pra se arrepender, tarde demais pra perder a coragem, voltar atrás.
Talvez sejam vozes sábias – elas sabem de tudo.

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