quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

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Eu espero só não te perder nunca. Eu só espero que a gente não se perca, essa é a verdade. Por mais brigas que possam existir, por mais desentendimentos, por mais tudo que ainda possa acontecer - eu realmente espero que a gente nunca se perca um do outro. E eu também pedia mais, por favor: mais carinho, mais amor, mais delicadeza, mais sinceridade, mais isso que as pessoas chamam de felicidade.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

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"A culpa não foi minha", eu dizia pra mim mesma. Virava de um lado a outro da cama tentando me conformar. "Mas isso não é ruim, querida, é muito bom", eu afirmava. Era até estranho: tudo estava escuro, eu estava deitada e, no silêncio, só minha voz permanecia inquieta. Agora não sei dizer se foi sonho ou se realmente aconteceu. Acho que foi um pouco dos dois, em cada acontecimento, em cada toque, em cada tudo, tem um pouco de magia e realidade. Eu gosto disso. Gosto dessa sensação arrepiante que me dá medo e alguma outra coisa boa que não sei definir. E de repente eu começava a sorrir, e a sorrir mais... e as sensações que me vinham eram tão boas, tão maravilhosas, tão sem palavras... Foi ai que eu descobri que estava apaixonada.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011


Ontem varri a varanda. Estava cheia de folhas secas pelo chão. Juntei todas e pus no lixo. Hoje quando acordei, lá estavam elas - secas e marrons. Acho que me perseguem, disse baixinho, parecia louca. Ou te amam, completou Ana. Fiquei um tempo pensando sobre aquilo: as folhas secas me amam mesmo? Só as folhas secas, ou todas as coisas secas têm uma atração imensa por mim?

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

E tem sido você, e vai continuar sendo você... CFA

Há tanto tenho me sentido sufocada. Há tanto tenho me sentido amando, é isso. Amar é bom, é lindo, é maravilhoso, mas também doloroso. Tem dias e noites que não fico descansada se não ouço a sua voz, se não te vejo de alguma maneira... Não, não consigo dormir. 
Há tanto que os meus sonhos não são mais os mesmos, que minha vida não é mais a mesma, que meus olhos já não vêem as mesmas coisas - vêem mais. E meus sonhos? E minhas noites? Ah, essas são as mais dolorosas... São vozes que me dizem alguma coisa que eu nunca entendo, às vezes parece você me dizendo alguma coisa e, quando eu resolvo abrir os olhos, ainda está tudo escuro, no silêncio total - era só um sonho ou um pesadelo. Mas e essas vozes parecem me perseguir, parecem estar em todo lugar, me dizendo coisas, me dando conselhos, me fazendo sonhar acordada.
Há tanto que tenho esperado a hora de dizer-te que o que sinto é realmente lindo, que eu gosto de sentir esse ''sufoco''. Que o que sinto não é apenas um amor passageiro: é mais... É uma admiração imensa, uma paixão eterna, um carinho sem palavras. Há muito que o que eu mais quero é dizer ''Te amo''.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Amor Clandestino

Foi quando eu fechei os olhos tentando te esquecer que percebi que não seria fácil. Foi quando eu abri os olhos que me dei conta do quanto você significa pra mim. Não é amor, quer dizer, é um amor diferente, uma paixão louca. Não é amor, é tão mais isso: é admiração. Foi quando eu te encontrei, e mesmo depois de tudo que passamos você sorriu pra mim. Foi quando eu percebi que não teria volta. Eu já estava horrivelmente perdida, não aqui, nem ai, mas em ti. Pior do que perder-me, é perder-me em ti. Quisera eu mudar o curso dessa história. Quisera eu fugir de tudo. Fugir daqui, das lembranças, fugir desse amor. Fugir do mundo, fugir de mim. Quisera eu tomar as rédeas desse amor clandestino e jogá-lo num precipício.
Foi quando eu percebi a força que não tenho. Não tenho nenhum poder sobre mim. “E foi então que eu percebi como lhe quero tanto.”

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Ah, solidão...


Pegou a xícara transbordando café e sentou-se. Finalmente, encontrou-se sentado naquela poltrona aconchegante – nunca tinha notado o quão bom ela era, sentaria mais vezes ali. Gostava de toca-discos. Quero dizer, tinha um tocando nesse momento. A sala estava escura, era noite, só se ouvia o som do piano: era Erik Satie. A sua cabeça doía, isso sempre acontecia quando estava com problemas. Tomou mais um gole, o café estava quente demais, não devia ter deixado a água ferver tanto. Da janela aberta a sua frente, relâmpagos já indicavam a vinda da chuva. Decidiu tirar os sapatos, ficar mais a vontade. “Esse café está tão bom” pensava, o clima estava realmente dos bons, dos que ele gostava de estar. Só faltava uma coisa: seu cigarro. Está ali em cima da mesa da cozinha. Que preguiça – não pegou. Bom pra ele, bom pra saúde, bom pro pulmão. Ficou só com o café. Ah, sim, e com Satie.


A música parou e ele não se moveu esperando que ela voltasse, o silêncio prevaleceu e o clarão dos céus mais uma vez iluminou a sala. Dessa vez deu pra ver quase toda sua sala em alguns instantes, viu toca-discos, algumas almofadas pelo chão e escuridão. Tomou mais um gole de café, fechou os olhos e passou a sentir as notas musicais. A música voltou. Uma lágrima escorreu em seu rosto e ele não sabia por quê. Na verdade sabia, mas não queria admitir, não queria que seu próprio Eu assumisse certas vontades. Não queria dizer que estava só. Tomou mais um gole de seu café, que agora estava no fim. Não queria dizer, que por mais que fosse indiferente com crianças, queria ter uma para si, queria ser pai. E já tinha quase quarenta anos. E já tinha quase tanto. Ainda era tempo, convenhamos, mas ele não se conformava com aquilo. Quando lhe perguntavam sobre família, filhos, ele dizia sempre a mesma mentira: era feliz sozinho, não gostava de bagunça, gosta das coisas de seu jeito e que não conseguiria viver tendo que cuidar de outro ser. Mas não só queria cuidar de outro ser, como também queria ter outro ser, ensinar outro ser, ser outro ser. Queria. Outro relâmpago, outra música, e agora queria, outro café. Aquele de antes acabara. Uma desculpa para se levantar, pegaria o café e pegaria o cigarro. Começou a chuva. Parou um instante na porta da cozinha, não queria estragar o momento, não acenderia as luzes, apenas o cigarro. Conseguiu pegar o bule e serviu-se de café, agora em uma xícara maior. Pigarreou. “Se tivesse um filho, o que estaria fazendo uma hora dessas?” se perguntou. Eram onze da noite. Provavelmente estaria dormindo, já que seu filho teria de dormir cedo. Não poderia ter momentos como aquele, ouvir sua música, fumar seu cigarro. “Ah, besteira. É melhor viver sozinho.”. Dizia isso para conformar a si mesmo, porque no fundo ele mesmo sabia a sua verdadeira vontade. Sentou-se novamente, tomando seu café, fumando seu cigarro. Gostava dessa mistura. 
Ficou pensando em seus amigos, no quão felizes eles estavam com suas famílias. E ele ali, sozinho, sem ninguém pra lhe cuidar quando adoecia, sem ninguém que ele pudesse cuidar. Enquanto mais uma música acabava ele pensava no seu passado. "Eu podia estar muito bem hoje, se não tivesse deixado muitas coisas para trás.". O arrependimento vem com o passar do tempo, das coisas e dos pensamentos. E aquele arrependimento era puro, era verdadeiro. Queria não ter abandonado a mulher da sua vida, por pura tolice adolescente. Queria também, ter dado a devida atenção a sua família que hoje nem ele sabia onde se encontrava. Só sabia que estava só e que tinha um primo, que morava mais a Norte da cidade e eles raramente se falavam. Então, estava solo  mais um vez. Ele podia sair por ai, arranjar uma namorada e viver feliz para sempre. Podia, mas não era tão simples assim. Lhe faltava coragem, lhe faltava até uma certa vontade de aparecer em público assim, em público festeiro, quero dizer - preguiça. A vida prega muitas peças na gente - ele pensava - Olha só pra mim: um quase quarentão, sozinho pelo mundo, vivendo das ideias mirabolantes para propagandas e que antes era um adolescente feliz, com uma família e uma namorada maravilhosas, com amigos... Não que hoje não tivesse amigos, tinha-os. Mas passaram de amigos para simples conhecidos. Não tinha ninguém que lhe convidasse para viajar, sair, almoçar fora, jantar, passear... essas coisas que amigos fazem.
O choro lhe veio, mas dessa vez descontroladamente. Deixou-se chorar por longas horas, até a música já tinha acabado e lá estava ele. Talvez não tivesse sido um bom homem na vida passada - bobagem, ele não acreditava nessas coisas. Levantou-se, acendeu outro cigarro e pôs-se a fumar, quem sabe o cigarro não o mataria mais rapidamente do que essa dor que agora ele sentia. Essa dor da vida que de repente começava a corroer-lhe os ossos. A dor da solidão, do arrependimento. O café do bule já tinha esfriado, o tempo também. Resolveu deitar-se, amanhã o dia era longo e teria de estar cedo no escritório. Adormeceu.


No outro dia acordou, parecia renovado. Aquelas horas de sono, horas essas que há tempos não tinha, o deixaram de bem consigo mesmo. Fez mais um café, fumou dois cigarros, arrumou a cama. Antes de sair, verificou se não tinha esquecido nada: carteira, chave do carro, alguma coisa ligada, pasta, cigarros? Ah não, tinha-os perdido. Começou a apalpar os bolsos até que encontrou um maço de cigarro. Sorriu e saiu. Parecia ter esquecido das horas dolorosas da noite anterior. Parecia, mas ainda lembrava de cada detalhe. Apenas continuou sua vida, nada iria mudar se ele não mudasse, então com a preguiça de sempre, resolveu não mudar. Resolveu deixar tudo como estava. Afinal, mudar lhe daria dor de cabeça, como todas as mudanças em sua vida.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Tenho mil coisas pra fazer, mil ideias na cabeça, mil dores também. Tenho mil trabalhos pra fazer, mil livros pra ler, mil, mil. Tenho dois copos de suco e um de café; dois pacotes de bolacha, um inteiro outro já pela metade – tinha, já comi. Tenho amigos, alguns. Conhecidos, tenho mil. Tenho risos, choros e vontades. Tenho isso tudo que pra alguns parece não ser nada, mas: eu tenho, sim. Tenho o que eu sempre quis e não precisei pedir a ninguém: me tenho. Tenho essas minhas manias, meus gostos, meus gestos, minhas loucuras, tudo meu e todos meus, somente meus. Louco quem não se tem, e pior que não se deixa ter; quem se perde por ai e pior, se perde em alguém. Não digo que também não tenha lá minhas loucuras, tenho sim, ah se tenho. Ficar perto é bom, mas ficar longe às vezes é melhor ainda, dá saudade, é bom senti-la de vez enquando. Tenho tanto que não existem motivos pra ser infeliz. Tenho tanto e sem esse tanto já não vivo.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Ela pensava que por alguns instantes fosse imortal. O coração cada vez mais acelerado... Pensava, que nenhum problema poderia atingi-la. Que inimigos não existiriam mais, que dores também não. Ela pensava em amores. Pensava no futuro. Pensava em tudo. E sentia: eram seus lábios, era o beijo.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

De tudo, amor.

Esse dia já não é o mesmo. Essas horas já passam tão lentamente e eu conto cada segundo pra te ver de novo. Conto, conto até enjoar dos números. Até odiá-los por inteiro, até querer que eles sumam e que exista somente um alguém, um ser, um você. Sem mais nem menos. Um você, bem assim, bem você. O tédio é meu companheiro por longos momentos a sua espera, esta companhia por incrível que pareça tem me feito um bem imenso. Tem me feito pensar, pensar e refletir mais sobre as coisas, sobre a vida, sobre meus amores, sobre minhas dores, sobre ti. Gosto de pensar que um dia estaremos juntos, nos amando; que um dia tudo será belo como nos meus sonhos. Como eu desejo.  Gosto de pensar, que um dia estaremos morando em uma casinha, sem muito luxo, simples, com nossos não sei quantos filhos – claro, gosto de vários nomes, e quero usá-los em todos eles – contando histórias, acampando na frente de casa, empinando pipa, jogando bola ou qualquer outra coisa, mas acima de tudo: nos amando sempre. Por outro lado é desse amor que tenho medo. Esse amor que me mata e me consome por dentro, um amor um tanto doentio e necessário. Um amor. Talvez seja passageiro, gosto de pensar que não, mas sei que posso estar errada. Ouço muito que nada dura pra sempre, o problema é que não consigo viver e me ver sem isso, sem essa loucura de amar-te e querer-te a cada instante. É estranho, sou estranha, essa é a verdade. Que loucura! Nem sei o que é verdade... A verdade, a maior delas, é o amor. Eu não sei de nada, eu não sei quem sou, quem és, e onde estamos, só sei que meu amor é uma se não a maior das maiores belezas do mundo. 

domingo, 31 de julho de 2011

...

Preciso de vida,
Preciso de mudança,
Andança,
Bagunça,
Barulho,
Silêncio...

Preciso de olhares,
Brilhantes.
De sorrisos,
Contagiantes.

Preciso de flores,
De cores,
De amores,
De dores.

Preciso de cura,
Ternura,
Doçura,
Loucura.

Preciso de tudo,
De nada.

Preciso de ti.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Será mesmo?

Ventava... e como ventava! Dia frio, sem sol. Tarde fria, cinzenta... mas não tão cinzenta assim. Não. Não depois daquele encontro entre duas almas apaixonadas. Ou melhor, de uma alma apaixonada só e outra nem tanto assim. Conversaram, conversaram, sobre a vida, sobre as coisas, sobre o frio, sobre quase tudo. Abraçaram-se, riram, só não se beijaram porque... né, as coisas não eram tão simples assim. Nada poderia acontecer assim, e pra todo mundo ver. Tinha que ser algo só deles, entre eles, e que os dois quisessem e pudessem sem temer ninguém. Ah! Como ela o amava! Ah! Mas que sentimento tão bonito era esse que sentia por ele? E era tão bom... Era tão mágico estar com ele, as coisas fluíam tão bem que parecia que tinham ensaiado tudo. Todas as falas, todos os passos, todos os gestos. Mas não, e eles ficavam em perfeita sintonia juntos, era até meio estranho de se olhar. Um completava o outro, um surpreendia o outro de uma maneira tão diferente, tão intensa, tão, tão... sem palavras.
O fogo da lareira, que agora esquentava a sala, trazia aquele momento reflexivo sobre o dia. E ela não parava de pensar nele. Sabia que era errado aquilo, mas o que podia fazer, já não era mais ela a dona de seus pensamentos? Já que ela não podia mais dar um passo sequer sem pensar nele, ou lembrar algum fato que ele não esteja presente. Antes de se encontrarem, ela imaginava cada detalhe, cada coisa que iria acontecer. Treinava frases para dizer, mas nunca dizia tudo. Nunca dizia tudo que tinha para dizer. E às vezes até não dizia nada. Talvez a gentileza, a sutileza e a pureza do olhar dele a deixassem hipnotizada por longas horas. Até mesmo depois, em casa, andava meio tonta. Aquilo era amor. Será mesmo? Era sim.

- talvez eu continue - ou não.

Verso

Um livro, uma música,
Um sorriso puro.
Um pensamento bom,
Um sonho de criança.
Estava amando.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Quantas vezes eu abri a boca mas não tive coragem de falar. Quantas vezes te vi sorrindo, morrendo de vontades que aquela alegria toda fosse para mim. Quantas vezes imaginei o que dizer ao te encontrar. Por quanto tempo isso vai continuar?

sábado, 16 de abril de 2011

Declaração

Ele já tinha a dito que precisavam conversar, mas nunca tinham essa conversa. Até que um dia ela está distraída com suas coisas, pronta para voltar pra casa depois de um cansativo dia de trabalho.  “Será que podemos conversar agora?“, era ele, sério. Segurando uma pasta em uma mão e a outra, livre, a tocava no ombro. O convite foi aceito sem muitas cerimônias e logo estavam os dois sentados em algum lugar que cheirava a comida, e que deliciosa comida! Comeram conversando normalmente, até que ele resolveu falar. "Já fui ao médico". A testa dela se franziu, sem entender nada, ele prosseguiu: "Estava com algumas dores, aqui" colocando a mão direita sobre o peito, abriu e fechou lentamente os olhos. "Mas era mais grave do que eu tinha imaginado". Ela arregalou os olhos espantada. O que estava acontecendo com ele que ela não sabia? Eram melhores amigos há tanto tempo... "E eu nunca tinha sentido isso tão forte antes..." Suas mãos frias do ar condicionado acariciaram as mãos suaves, quentes e macias dela. "Na verdade, fui à três médicos diferentes até ser devidamente diagnosticado com sintomas de amor.", ela engoliu o seco e afastou suas mãos das dele. O que ele estava falando? Por que estava tão sério? Por que estava ficando rosado? " Eu...eu," ele gaguejava, "Eu estou apaixonado por você". Ela demorou até processar aquela informação. As mãos dele de frias, começaram a esquentar e logo, a suar, seu corpo estremecia, não sabia qual seria a reação dela. Já ela, tensa por fora, sorria aliviada por dentro ao ouvir aquela frase. Ficaram alguns longos minutos em silêncio até que ela o encarou e disse "Esperei por esse momento por tantos anos, pensei que nunca fosse dizer isso".

terça-feira, 12 de abril de 2011

Eu continuo sendo a mesma pessoa, que ri, chora, brinca, briga, critica, fala, fala, fala, fica em silêncio e volta a falar. Continuo gostando das mesmas coisas, falando as mesmas besteiras; rindo sozinha. E as pessoas parecem não me compreender, aliás, ninguém nunca me entendeu, nem eu mesma. Mudar faz parte da vida, faz parte do nosso desenvolvimento, posso até ter mudado, mas não radicalmente. Posso até ter mudado, mas não completamente. Posso até ter mudado e eu nem percebi. Na verdade eu não mudei. Eu amadureci.

Para alguma amiga

 Por que tudo tem que ser tão difícil? É porque aquele brilho de antes se apagou? E aqueles sorrisos que compartilhamos, onde estão? Essa mudança do nada sem motivo algum. De uma amizade forte, linda, sobraram duas pessoas que nem se cumprimentam mais. Isso machuca, machuca bem aqui dentro, me dói e muito. Sinto falta dos seus sorrisos, dos seus abraços. Sinto falta das nossas piadas, das nossas risadas, das nossas loucuras. Sinto falta da nossa alegria. Aquela alegria que só a gente sabia levar para as pessoas, aquelas alegria que nos caracterizava. Onde está tudo isso? Sinto falta disso, sinto muita falta de ti. E isso me dói, me dói muito, e eu choro. Ainda tenho os vídeos, as fotos que tiramos e sempre que posso, volto a vê-las e de repente surge-me aquele sorriso abobado no rosto lembrando cada momento que antecedeu e sucedeu aquela foto. "Conta comigo sempre.", "Te quero sempre do meu lado!", essas palavras foram simplesmente jogadas da boca pra fora? De minha parte não, elas continuam valendo e sempre valerão.
São mudanças da vida, eu sei. Pessoas saem da sua vida pra outras entrarem. O problema é que ninguém ocupou esse teu lugar ainda, uma parte da minha vida continua vazia, te esperando. O dia em que voltaremos a ser aquelas amigas de antes pode demorar, pode não chegar, mas eu vou sempre me lembrar de ti como umas das pessoas mais importantes que já passaram pela minha vida, pode ter certeza. 
Quero que tu saibas que vou pra sempre te amar muito, amiga.