sábado, 7 de julho de 2012

Eterna nostalgia

A chuva incessante lhe trazia uma nostalgia enorme. A lembrança dos campos de sua juventude, dos cavalos que muito cuidou, das corridas por entre aquele tapete verde que cobria toda extensão do sítio. Realmente foram bons tempos. Bons tempos em que não era preciso se preocupar com o que o vizinho iria pensar se fizesse muito barulho, porque afinal, ele estava a mais ou menos um quilômetro de distância. Tempos em que pessoas eram menos individualistas, em que ficar até mais tarde na rua não era problema. 
Tinham todo sitio para si, digo na terceira pessoa do plural, pois ela não era só naquela imensidão. Tinha irmãos e irmãs, tinha uma família grande e linda. Gostava da sensação de acordar pela manhã e sentir o cheiro da natureza, de ter a beleza toda do mundo em um só lugar, bem ali, a sua janela.
Hoje, a vista de seu quarto não passava de um aglomerado de prédios enormes, de ruas sem fim, de um enfileirado de carros apressados....

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