segunda-feira, 28 de maio de 2012

A fuga

Helena dizia que iria fugir.
Dizia que estava cansada de mentiras.
Cansada de sofrer por bobagens,
Cansada de dores,
Cansada de amores
E só queria a paz.

Helena dizia que iria fugir.
Dizia que seria melhor,
Que ali não seria feliz,
E sim lá,
Onde a paz é constante,
Onde a dor não tem vez,
Onde as pessoas são boas
E guerra não existe.

Lá a comida é boa,
A cama é quente,
A roupa é passada,
O amor é pra sempre,
A dor é passado...

Helena fugiu.
Helena fugiu para casa de sua mãe.

sábado, 26 de maio de 2012

Borboleta

Imóvel, estátua colorida,
Tão bela e com tanta vida,
Cheia de mistérios e encantos
Que ninguém há de tirar.

Tantas vezes voava,
Tantas vezes brincava,
Parecia entre as flores dançar...
E dançava!

Verde, amarela ou rosada
Azul, roxa ou acinzentada
Sempre a mesma pureza.

 Com toda graça e beleza
Oh, freguesa de meu jardim!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Tragédia

Não consigo acreditar. Não posso acreditar que tudo isso seja verdade. Mas é a vida. Ela que é assim, sempre nos pregando peças. Sempre cheia de mistérios e encantos, e encantos que - infelizmente - se desfazem.
A vida é assim, aos trancos e barrancos, assim.
A gente nasce, cresce, ama, chora, ama, ama de novo e, quando menos se espera voltamos a chorar.
A gente acredita, esse é o grande problema, esse é o erro: e se decepciona. Amar é bom demais, mas machuca e ilude.

Hoje, não sei com que força escrevo. Mesmo depois de tudo, mesmo depois de tanto chorar, de tanta dor - me despeço.