quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Sobre o amor

Não sei em quem acreditar quando falam sobre o amor. Ninguém sabe ao certo que coisa é essa e muitos sabem demais. É um paradoxo.
Não acredito nesses livros sobre o amor, nesses textos amorosos. Não acreditem em mim. Eles machucam.
O amor não se explica, se sente. O amor pode vir de repente, quando a gente acorda. Depois de um gole de água gelada, de uma banho de mar. O amor é quando a gente vive, quando a gente sorri por nada. É ler um livro e chorar.
Amor é quando o tempo mesmo longo não desgasta, quando a distância não apaga.
Amor é sair correndo e abraçar o vento. É sentir.
Não sei muito sobre o amor, não acredito em tudo que me falam sobre ele, apenas sei que ele está em todos os lugares, em todas as pessoas. Sei que é intenso, porque eu já senti.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

VIII


Eu havia tocado o céu. Naquela tarde ensolarada, o vento frio não deixava que eu sentisse calor. O mar estava lindo, num verde azulado que eu nunca havia visto. Pássaros voavam em busca de seu norte e eu ainda procurava o meu. Fechei os olhos por um instante e pude acreditar que estava no céu. As areias brancas, tão leves e macias eram como as nuvens. As ondas já chegavam aos meus pés e a bela sensação que me trazia era indescritível. Pude ouvir do vento algumas palavras enroladas, frases meio soltas...

Eu havia tocado o céu. O sol já estava se pondo e o vento ficava cada vez mais frio. Agora era a hora de entrar no mar. Era hora de sentir por inteiro aquele arrepio, aquela vontade de que o sol aparecesse. Era hora em que as ondas encontravam o meu corpo suavemente. Entrei no mar para refrescar minhas ideias, para que o vento sussurrasse ao meu ouvido, outra vez, aquelas mesmas frases enroladas que eu ainda tento decifrar.