sábado, 16 de abril de 2011

Declaração

Ele já tinha a dito que precisavam conversar, mas nunca tinham essa conversa. Até que um dia ela está distraída com suas coisas, pronta para voltar pra casa depois de um cansativo dia de trabalho.  “Será que podemos conversar agora?“, era ele, sério. Segurando uma pasta em uma mão e a outra, livre, a tocava no ombro. O convite foi aceito sem muitas cerimônias e logo estavam os dois sentados em algum lugar que cheirava a comida, e que deliciosa comida! Comeram conversando normalmente, até que ele resolveu falar. "Já fui ao médico". A testa dela se franziu, sem entender nada, ele prosseguiu: "Estava com algumas dores, aqui" colocando a mão direita sobre o peito, abriu e fechou lentamente os olhos. "Mas era mais grave do que eu tinha imaginado". Ela arregalou os olhos espantada. O que estava acontecendo com ele que ela não sabia? Eram melhores amigos há tanto tempo... "E eu nunca tinha sentido isso tão forte antes..." Suas mãos frias do ar condicionado acariciaram as mãos suaves, quentes e macias dela. "Na verdade, fui à três médicos diferentes até ser devidamente diagnosticado com sintomas de amor.", ela engoliu o seco e afastou suas mãos das dele. O que ele estava falando? Por que estava tão sério? Por que estava ficando rosado? " Eu...eu," ele gaguejava, "Eu estou apaixonado por você". Ela demorou até processar aquela informação. As mãos dele de frias, começaram a esquentar e logo, a suar, seu corpo estremecia, não sabia qual seria a reação dela. Já ela, tensa por fora, sorria aliviada por dentro ao ouvir aquela frase. Ficaram alguns longos minutos em silêncio até que ela o encarou e disse "Esperei por esse momento por tantos anos, pensei que nunca fosse dizer isso".

terça-feira, 12 de abril de 2011

Eu continuo sendo a mesma pessoa, que ri, chora, brinca, briga, critica, fala, fala, fala, fica em silêncio e volta a falar. Continuo gostando das mesmas coisas, falando as mesmas besteiras; rindo sozinha. E as pessoas parecem não me compreender, aliás, ninguém nunca me entendeu, nem eu mesma. Mudar faz parte da vida, faz parte do nosso desenvolvimento, posso até ter mudado, mas não radicalmente. Posso até ter mudado, mas não completamente. Posso até ter mudado e eu nem percebi. Na verdade eu não mudei. Eu amadureci.

Para alguma amiga

 Por que tudo tem que ser tão difícil? É porque aquele brilho de antes se apagou? E aqueles sorrisos que compartilhamos, onde estão? Essa mudança do nada sem motivo algum. De uma amizade forte, linda, sobraram duas pessoas que nem se cumprimentam mais. Isso machuca, machuca bem aqui dentro, me dói e muito. Sinto falta dos seus sorrisos, dos seus abraços. Sinto falta das nossas piadas, das nossas risadas, das nossas loucuras. Sinto falta da nossa alegria. Aquela alegria que só a gente sabia levar para as pessoas, aquelas alegria que nos caracterizava. Onde está tudo isso? Sinto falta disso, sinto muita falta de ti. E isso me dói, me dói muito, e eu choro. Ainda tenho os vídeos, as fotos que tiramos e sempre que posso, volto a vê-las e de repente surge-me aquele sorriso abobado no rosto lembrando cada momento que antecedeu e sucedeu aquela foto. "Conta comigo sempre.", "Te quero sempre do meu lado!", essas palavras foram simplesmente jogadas da boca pra fora? De minha parte não, elas continuam valendo e sempre valerão.
São mudanças da vida, eu sei. Pessoas saem da sua vida pra outras entrarem. O problema é que ninguém ocupou esse teu lugar ainda, uma parte da minha vida continua vazia, te esperando. O dia em que voltaremos a ser aquelas amigas de antes pode demorar, pode não chegar, mas eu vou sempre me lembrar de ti como umas das pessoas mais importantes que já passaram pela minha vida, pode ter certeza. 
Quero que tu saibas que vou pra sempre te amar muito, amiga.