terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

No telefone...

''Vou ser direta, sabe. Acho que to gostando de você.'' ''O que?'' ''É isso mesmo.'' Ai, acho que não sou muito boa supondo diálogos. Chega a hora e eu nunca falo o que pensei em falar e a pessoa nem sempre reage da maneira que eu esperava. É uma tristeza. Eu ouvia os sussurros dele por toda parte, sempre achei que fosse aquele zumbidinho que vem às vezes nos ouvidos de qualquer um, mas ontem me dei conta de que era uma voz mesmo - era a voz dele. Ah, para com isso, Luísa, acho que tu já esta ficando louca. Sim eu sei. Tu sabe? É claro.
O silêncio tomou conta da nossa conversa durante alguns segundos incontáveis. Na verdade eu estava pensando no que dizer, não sei se ela também estava.
Olha, Lu, para com isso, tenta não pensar. Como não pensar? Ah, sei lá, eu também não tenho a solução pra tudo, né? Mas...
Mas..?
Mas..?
Você sempre me ajudou em tudo e agora vai me deixar na mão? Não to te deixando na mão, Lu, eu não disse isso. Só falei que não tenho a resposta pra tudo. Quer passar uma temporada aqui no sítio comigo? Tem os cavalos...
Ah, não posso com cavalos...... - silêncio e suspiros.
Por que? - a pergunta mais esperada.
Porque eu já andei de cavalo com ele.
Ah, Luísa, por favor! Não é tudo que vai te lembrar ele! Para com essa bobagem e vem logo pra cá, não precisa andar de cavalo, mas fica com as crianças aqui, elas estão sentido a tua falta.
É tão estranho isso tudo.. Eu de repente parei de viver a minha vida simplesmente porque ele não me corresponde. Eu sei como é difícil isso tudo. Eu queria poder te dizer que o tempo cura tudo, mas eu não tenho absoluta certeza, desculpa. Por que está se desculpando? Ai, não sei, Lu, tu está me deixando confusa. Vem logo pra cá.

tu tu tu tu

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