sábado, 24 de novembro de 2012

VII

Eu deixarei que se vão os sonhos mais mirabolantes.
Deixarei que me deixem só.
Porque já exausta de tanto sofrer, não durmo mais.
Eu deixarei esse mundo das fantasias.
O mundo dos poetas
               das fadas
               dos finais felizes
               dos sonhadores...

Deixarei a lembrança da voz de meus amantes
Deixarei a saudade e o suor de minhas noites de insônia
Porque assim sossegarei meu coração já farto do silêncio dos amores

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Reza

Que meus sonhos não morram assim.
Que meus sonhos não morram dentro de mim.
Que meus sonhos não morram antes de mim.
Que meus sonhos não morram jamais.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Sem fim


Pedi a ela que viesse até minha casa. "Achei que estivesse ficando louca, Ana.". Ela estava sentada na poltrona de minha casa, completamente a vontade. "Claro que não, e estou falando sério", ela me repreendeu. Suspirei e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa pude ouvir: "Já comprei a passagem". De repente, em minha cabeça um turbilhão de pensamentos começaram a surgir. Uma vontade louca de pular no pescoço da Ana, de amarrá-la ali mesmo e não deixar que se vá. "Mas Ana, você só pode estar louca mesmo - Eu estou aqui com você.". "Não, Lu, você não entende. É horrível o que eu sinto, quer dizer, dessa maneira". "Não, Ana. Pelo contrário, isso que você sente agora eu também já senti e não é horrível. É lindo, Ana. Super lindo."
Confesso que eu gosto da palavra ''super'', dá uma ideia maior das coisas, uma intensidade mais forte, me parece.
Foi quando percebi que seus olhos começaram a lacrimejar. Baixei os olhos e voltei a falar: "Olha, Ana, você esta agindo feito uma criança. Vai lá e conta pra ele como tu te sente, de verdade. Vai que ele também está se sentindo assim e com medo de te procurar...