domingo, 31 de julho de 2011

...

Preciso de vida,
Preciso de mudança,
Andança,
Bagunça,
Barulho,
Silêncio...

Preciso de olhares,
Brilhantes.
De sorrisos,
Contagiantes.

Preciso de flores,
De cores,
De amores,
De dores.

Preciso de cura,
Ternura,
Doçura,
Loucura.

Preciso de tudo,
De nada.

Preciso de ti.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Será mesmo?

Ventava... e como ventava! Dia frio, sem sol. Tarde fria, cinzenta... mas não tão cinzenta assim. Não. Não depois daquele encontro entre duas almas apaixonadas. Ou melhor, de uma alma apaixonada só e outra nem tanto assim. Conversaram, conversaram, sobre a vida, sobre as coisas, sobre o frio, sobre quase tudo. Abraçaram-se, riram, só não se beijaram porque... né, as coisas não eram tão simples assim. Nada poderia acontecer assim, e pra todo mundo ver. Tinha que ser algo só deles, entre eles, e que os dois quisessem e pudessem sem temer ninguém. Ah! Como ela o amava! Ah! Mas que sentimento tão bonito era esse que sentia por ele? E era tão bom... Era tão mágico estar com ele, as coisas fluíam tão bem que parecia que tinham ensaiado tudo. Todas as falas, todos os passos, todos os gestos. Mas não, e eles ficavam em perfeita sintonia juntos, era até meio estranho de se olhar. Um completava o outro, um surpreendia o outro de uma maneira tão diferente, tão intensa, tão, tão... sem palavras.
O fogo da lareira, que agora esquentava a sala, trazia aquele momento reflexivo sobre o dia. E ela não parava de pensar nele. Sabia que era errado aquilo, mas o que podia fazer, já não era mais ela a dona de seus pensamentos? Já que ela não podia mais dar um passo sequer sem pensar nele, ou lembrar algum fato que ele não esteja presente. Antes de se encontrarem, ela imaginava cada detalhe, cada coisa que iria acontecer. Treinava frases para dizer, mas nunca dizia tudo. Nunca dizia tudo que tinha para dizer. E às vezes até não dizia nada. Talvez a gentileza, a sutileza e a pureza do olhar dele a deixassem hipnotizada por longas horas. Até mesmo depois, em casa, andava meio tonta. Aquilo era amor. Será mesmo? Era sim.

- talvez eu continue - ou não.

Verso

Um livro, uma música,
Um sorriso puro.
Um pensamento bom,
Um sonho de criança.
Estava amando.