quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

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Fiquei por muito e muito tempo agoniada. Fiquei desesperada, na verdade. Apaguei tudo, fiquei na escuridão abraçada em meus travesseiros tentando afastar os pensamentos ruins que me vinham a todo momento. Eu queria poder te ligar, queria ouvir a sua voz dizendo ''Está tudo bem, mesmo. Vai dormir, querida. Te amo.'' Mas acho que a coragem me faltou, e o orgulho... Ah, esse é meu pior inimigo. Fiquei por uma hora virando-me de um lado a outro da cama, sem sono, preocupada, coração na mão. Foi quando fechei meus olhos e os abri novamente, meu coração parou - pelo menos eu acho que parou. Meu quarto estava claro. Meu quarto, meu quartinho, pequeno, só para mim e minhas coisinhas: estava claro. Hã? Mas como isso? Eu apaguei toda e qualquer luz que atrapalhasse meu sono que já estava demorando a vir. Foi então que me dei conta: ele estava me ligando. Ah, meu coração pulou mais uma vez e outra mais. Não hesitei um segundo sequer, logo atendi e ao ouvir a sua voz me dizendo ''Oi, meu amor. Estou bem, só um pouco cansado, mas bem. Fica bem, dorme tranquila, amanhã nos vemos. Estou com saudade...''. Não sei se depois disso fui eu mesma quem falou ou foi meu coração, mas opto pela segunda opção: "Que bom, meu amor... Que bom! Vou ficar bem. Já estou deitada, só um pouco preocupada com você, mas agora... acho que passou e é a saudade que mais dói.". Ouvi ele murmurar alguma coisa e logo após um "Te amo'' - era tudo que eu precisava.

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