quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Delírios

Fiquei dias sem ter o que dizer. Dias sem saber o que escrever. É a saudade. A saudade me enfraquece. E, ao passo que a distância aumenta, parece que cada pedaço de mim se vai.  Já não tinha mais o que pensar. As ideias já me fugiam, já não tinha inspiração - ela estava sumindo aos poucos, assim como eu mesma ia me sentindo vazia. Oca.
A felicidade me encontrava certas vezes ao receber uma mensagem tua. Por mais simples que fosse aquilo me renovava. Mas a saudade... Ah, essa nunca me deixava.
A felicidade me encontrava, também, em meus sonhos. Descobri que sonhar faz bem. Gosto de imaginar. Gosto de te imaginar, de nos imaginar. E tantas vezes me senti abraçada, tantas... E era você quem eu sentia. Será essa sintonia verdadeira, real? Será que você também pensava em mim naquele momento?

Houveram dias que eu queria que passassem depressa, para que eu pudesse sonhar contigo à noite.
Houveram noites que eu não queria que terminassem.

Fiz bem de escrever, parece que me aliviou. Tirei um peso de dentro de mim. E a saudade continua a mesma, até mais forte.
Houve noites em que eu pegava o caderninho e a caneta, e ficava horas só ouvindo a chuva cair; no papel? Nada. E as palavras que antes me perseguiam? Agora fogem. Fogem porque elas não sabem de mais nada. Somos agora incógnitas. Eu e elas. Eu e as palavras: incógnitas. Onde isso vai parar, elas me perguntavam.
Não sabia de mais nada. A única coisa que sabia era que a saudade estava, agora, me machucando como nunca. E a vontade de estar perto aumentava a cada instante.
Peguei meu caderno tantas vezes para escrever, mas não sabia o quê. A verdade é que meus sentimentos já estavam se confundindo. E eu já estava enlouquecendo - como agora.

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