sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Sem fim


Pedi a ela que viesse até minha casa. "Achei que estivesse ficando louca, Ana.". Ela estava sentada na poltrona de minha casa, completamente a vontade. "Claro que não, e estou falando sério", ela me repreendeu. Suspirei e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa pude ouvir: "Já comprei a passagem". De repente, em minha cabeça um turbilhão de pensamentos começaram a surgir. Uma vontade louca de pular no pescoço da Ana, de amarrá-la ali mesmo e não deixar que se vá. "Mas Ana, você só pode estar louca mesmo - Eu estou aqui com você.". "Não, Lu, você não entende. É horrível o que eu sinto, quer dizer, dessa maneira". "Não, Ana. Pelo contrário, isso que você sente agora eu também já senti e não é horrível. É lindo, Ana. Super lindo."
Confesso que eu gosto da palavra ''super'', dá uma ideia maior das coisas, uma intensidade mais forte, me parece.
Foi quando percebi que seus olhos começaram a lacrimejar. Baixei os olhos e voltei a falar: "Olha, Ana, você esta agindo feito uma criança. Vai lá e conta pra ele como tu te sente, de verdade. Vai que ele também está se sentindo assim e com medo de te procurar...

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