sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Meu Velho, a saudade chegou.


Hoje, 7 de setembro de 2012,  último desfile como integrante de uma família a qual pertenço há 6 anos. De uma família de sonhadores, de gente forte. Uma família de amigos.

Agora parece tudo tão estranho, tudo tão novo. Agora são sentimentos diferentes, agora vivemos um ano diferente. O último. O último desfile. O terceiro ano. O terceirão do centenário.
Gosto dessa sensação estranha que me aperta o peito e traz uma certa aflição, um certo receio e ansiedade também. Gosto dessas sensações estranhas que me fazem suspirar e muitas vezes chorar. A saudade antecipada das coisas é, talvez, aquilo que mais me perturba. Aquele choro que a gente segura pra não desabar a qualquer momento - é quando a gente chora por dentro. Quando a saudade vem à tona. Quando as lembranças tão distantes reaparecem na nossa memória. Quando as músicas que ouvimos nos levam a um lugar de muito tempo atrás, nos levam ao nosso passado.

É quando temos que começar a escrever nossas biografias pra revista do colégio; é quando temos que enviar nossas fotos de criança; quando temos que tirar nossas fotos para os convites, é quando a turma se une - é quanto tudo começa a fazer sentido, é quando a gente nota que está quase no fim. Setembro já chegou e logo a nossa formatura também chegará. A sensação de que tudo vai terminar de repente, é o que mais assusta. A sensação de que aquela rotina no Colégio Militar de Porto Alegre acabará numa simples virada de ano; num simples fim de ano letivo. Fim esse que ora queremos que chegue depressa, ora que nunca chegue. Fim que na verdade é apenas um começo para outra história, para outras pessoas, para novas saudades antecipadas.

Há cem anos que as arcadas do Velho Casarão guardam lágrimas e sorrisos. Cem anos de saudades.

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